17.11.05

O hino dos reprovados

Não posso mais
Continuar
Não quero isso
Nem aquilo
Eu quero paz
Nada demais
Eu quero a vida
Mansa e calma

Sem mais promessas
Porco imundo
Trema e chore
Morra de fome
Não penso em nada
Já reprovei
Agora é hora
Da minha lei

O cabelo raspei
De vermelho o pintei
Agora que venha
A revolução
Só tenho problemas
Não posso fugir
Não quero ouvir
Nem um sermão

( esse foi escrito quando reprovei de ano na escola, meu diretor tinha mal de parkinson, por isso a parte do trema e chore, ehheeh eu era malvado vendo hoje. )

11.11.05

La,la,la...la

Agora chove aqui, e não posso esperar pra voltar pra casa, mesmo longe da multidão, uma palavra de conforto não iria ser ruim, iria? Agora já vi o céu, e o que posso esperar, existe um outro lado, onde posso te encontrar, nas ruas as pessoas, no peito um vazio, estou tentando ser assim, porque não posso ser assim? As lâmpadas queimaram, os jornais não tem letras, o estomago esta vazio e tudo porque é mais fácil, o sono que vem depois só mostra que aprendi, percebendo o quanto errei, e um dia vou concertar, nos cadernos desenhos ruins, de como eu sou chato, você não responde minhas cartas, agora eu já vi o inferno e o amargo na boca. Meu coração dispara e o som de uma arma me traz para fora, será que a algo ruim nisso? Sozinho contemplando a amargura de sonhar, não posso mudar tudo, nem posso mudar você! Isso é de amor, poderia ser de ódio, mas agora já me perco, e não é de nenhum dos dois. Sou forte mais sou fraco, não consigo nem dizer o quanto te odeio, porque te amo demais pra isso, não...eu não falo sobre ninguém Isso seria um poema, se tivesse rimas, mas sou ruim demais, ou, preguiçoso demais...Para escrever poemas

31.10.05

Uma Nova Cicatriz.

A chuva caia torrencial, e eu estava novamente contra minha vontade ( ou a favor dela) em um beco escuro. Uma parede de tijolos amarelos servia como apoio para as minhas costas, elas doíam. A madrugada já havia tomado conta do tempo, e no céu nem uma estrela velaria a morte de ninguém. Seria um fim trágico, morrer sem uma luz, uma estrela, uma vela, um cigarro eu poderia acender para quem quer que morre-se essa noite...sim isso eu poderia fazer.
Pego no meu velho jeans meu maço de cigarros, minhas mangas compridas estão dobradas. Negras. Posso ver meu ante braço coberto de cicatrizes, cicatrizes vermelhas, bem fundas, feitas com uma faca, bem afiada.
Quem as fez? Talvez eu mesmo ( ou não?) com a faca que carrego em minha cintura, uma faca como já falei bem afiada, suja de sangue, talvez o meu próprio sangue, mais não posso garantir isso. Meu corpo inteiro é coberto por elas, 67, 68 já não sei mais quantas, perdi a conta. A chuva dessa noite bate nelas. Com violência. E no frio eu sinto os cortes novamente. Todos eles. Como se os ferimentos ainda tivessem abertos, e isso me satisfaz, não posso esperar para sentir o prazer de encontrar um novo espaço em meu corpo, esperando a lamina gelada o preencher, sou louco?! E quem não é, pessoas se matam o dia inteiro, vivemos em uma sociedade capitalista, onde a regra é competir com os outros, para beneficio próprio. Não eu não sou comunista, nem nazista, na verdade não sei direito o que sou ( ou sei?!) mas isso pouco me importa, estou na chuva ainda.
Meu cigarro molhado queima rápido, a fumaça solta pela minha boca sobe o céu. Até que uma garota vira a esquina, abaixo a cabeça. Sou muito tímido. Ela passa reto. Rápido. Com medo de mim. Como se eu pudesse fazer algo contra ela, ela sim poderia me matar, ela sim poderia acabar comigo, ela sim....poderia me matar. Olho para as estrelas, tão bonitas, elas iriam velar a morte de alguém, a minha morte? Não, não...mas poderiam se eu não fosse rápido. Tiro a faca da cintura, e correndo enfio nas costas da garota. Loira. Agora ela não poderia me matar. Agora com seus belos cabelos loiros, manchados com o sangue dela (ou meu?) ela não poderia me matar...
E nem deu tempo da coitada gritar.
Olho mais uma vez para as estrelas, e sento no chão. A chuva ainda cai. Tiro minha camiseta molhada, negra, e procuro um espaço em minha pela tão judiada, ali no peito, próximo ao coração. Com a faca ainda suja com o sangue da bela garota corto meu peito com força, um corte profundo. E ali ficara a marca dela para sempre. Para sempre me lembrarei dela. Como a marca em meu peito.
Levanto e vou para casa, amanha é um novo dia, uma nova cicatriz, uma nova lembrança.

Até lá...



Yan Troisi

25.10.05

O corpo de Rodolfo

Estavam todos felizes, rindo, brincando...até se esqueceram da presença dele, também tão pequeno em uma casa tão grande , Davi com seus dez anos, se afastara da felicidade, não porque assim queria, mas para ele aquilo não tinha nada a ver com felicidade. Ele não suportava os ´´outros`` e ao menor contato com eles, ele se retirava. Seus pais sabiam dessa falta de convívio social do filho, mas nada podiam fazer, já que mesmo ele, se recusava a freqüentar um psicólogo.
Moravam dês de que ele nascera em uma grande mansão, com um enorme bosque raramente freqüentado por alguém, com lagos e arvores enormes e verdes. Davi conhecia muito bem todo aquele lugar, e lá ele sentia-se vivo e feliz, isolado e longe de tudo o que não suportava, pelo simples fato se não suportar.
A festa com a família inteira estava boa, e ele sairá sorrateiramente para o bosque, mas mesmo tendo passado a vida toda naquele lugar, ao andar triste sob o morno sol do verão, ele avistou no meio da mata, uma coisa que nunca tinha visto antes. Talvez ele mesmo nunca tive-se ido lá antes, mas avistou um garoto. Um garoto da mesma idade que ele (aparentemente) caído na mata, com o corpo coberto por mato e vestido de branco. Davi, que nunca avia sentido medo na vida, se aproximou e percebeu que o garoto dormia, ele estava com a pele branca, e grandes olheiras no rosto sujo.
´´ola amigo?! O que esta fazendo ai deitado?`` Davi perguntou, mais não obteve resposta, intrigado sentou ao lado dele, e parado lá a um tempo levantou-se e foi para casa.

Ao acordar na manha seguinte, depois de se alimentar da horrível comida da governanta, que seus pais muito ocupados deixavam cuidando dele, ele saiu para uma nova vista ao estranho garoto, pois não conseguia dormir pensando nele.
Chegou cedo, e sentou em um galho ao lado do garoto, que estava na mesma posição do dia anterior.
´´você esta sempre aqui? Não tem que ir pra escola com aqueles colegas idiotas? Nem suportar ninguém?`` mas o garoto mais uma vez permanecia calado, sem se mover, e intrigado Davi falou ´´ bem, se não quiser me responder tudo bem! Mais não pode me impedir de ficar aqui, na propriedade dos meus país!`` e lá ficou sentado por muito tempo, observando a leve brisa bater nas folhas, os pássaros sobrevoando as nuvens, e o garoto deitado, deitado de branco ficava lá, com os grandes olhos negros abertos e imóveis, as vezes Davi olhava para eles, e numa dessas olhadas falou ´´ sabe você até que tem sorte, não sabe o que é ninguém ligar pra você, não sabe o que é não poder fazer o que se quer, não sabe o que não é ter amor de quem se quer ser amado.`` e assim começou a contar tudo sobre sua vida para o garoto, todas suas amarguras, todos seus pesadelos, todos os seus sonhos, assim ele ficou, percebeu que o garoto o ouvia, e não reclamava de suas queixas como todos as pessoas faziam.
Mais estava tarde, a noite começava a vencer os raios de sol, e Davi avisando que precisava ir levantou-se e partiu.
Mas um som quebrou o silencio. Um som perfurou o ar. E assim que chegou a Davi, fez com que seus olhos se arregalassem.

´´fique mais um pouco!``

Era a voz do garoto no chão, alta e clara, ao se virar, ele percebeu que o garoto ainda permanecia na mesma posição, mas no meio da noite Davi se sentou ao lado dele, e ambos, ficaram conversando a noite inteira.

Dia após dia, Davi fugia dos seus deveres, e passava cada vez mais tempo com seu novo amigo. Rodolfo, esse era o nome dele, ele mesmo havia dito isso,e mais um monte de coisas em comum que ambos compartilhavam, toda manha conversavam por horas e horas, chegavam a rir juntos, de historias que ambos contavam um para o outro, e cada um, mais e mais, admirava a companhia do outro, como verdadeiros amigos.
Certa manha ao acordar, Davi percebeu uma agitação na casa, algo que não era comum, em uma grande mansão onde os empregados são demitidos pelo simples fato de falarem. Ao descer as escadas rapidamente, ainda de pijama, Davi perguntou a governanta na cozinha ´´ o que esta havendo?``
´´ o jardineiro encontrou um corpo nas proximidades, parece que está ali a anos, já o levaram para o crematória aqui atrais``
Um frio subiu por toda a espinha de Davi. Ele não sábio por que achavam que Rodolfo estava morto, mais sabia que falavam dele. Instantaneamente Davi correu para o crematório, na rua de traz. Com sua bicicleta, pedalou o mais rápido que conseguia, não poderia suportar a idéia de perder o único amigo de quem realmente gostava, só conseguia lembrar-se das horas e horas que passaram conversando, do sol batendo no jovem corpo de ambos, dos risos e coisas que aprendera com aquele amigo tão querido.
Rapidamente Davi jogou sua bicicleta ao chão e entrou correndo pelas portas de vidro do grande prédio onde corpos ficavam enterrados em gavetas, e cadáveres eram queimados em fornalhas, ele só conseguia pensar em sua indignação, aquilo não poderia estar acontecendo com Rodolfo, não com Rodolfo, uma pessoa tão boazinha, amável. Passando despercebido pela recepcionista, Davi subiu andar por andar procurando desesperadamente pelas placas, indicando onde a cremação era efetuada, e subindo e subindo, encontrou a sala, com portas duplas. Davi entrou rapidamente nela, e abaixado, para que os funcionários não o avistassem, colocou a cabeça na grande fornalha, e apesar de todo calor, ardendo em seus olhos, lá permaneceu por segundos, até perceber que aquele não era Rodolfo, e sim, um homem velho, gordo, morto.
Rapidamente ele correu para a próxima sala, seu tempo estava acabando, Rodolfo agora podia ser um amontoado se cinzas, e ele ficaria sozinho novamente. Sozinho por todo o sempre.
Passando pela segunda fornalha, com a cabeça para dentro novamente, ele viu Rodolfo, mesmo sem as roupas brancas, ele consegui reconhecer a pele do amigo. Querido amigo. Seu belo rosto jovem, agora com os olhos fechados. Sem pensar duas vezes Davi se jogou dentro da fornalha, e, deitou em cima do amigo, abraçando-o, e sabendo que, nada nem ninguém poderia tira-lo de lá.

O fogo, começava a tomar conta de seus corpos, e Davi se agarrava ao corpo do amigo ainda deitado, o segurando com forças. ´´você veio?!!``
Rodolfo perguntou lisonjeado. ´´ mas é claro, ficaremos sempre juntos!``
Davi respondeu, com um leve sorriso nos lábios, enquanto o fogo os tomava, ambos conversavam e lembravam do sol morno, de quando se conheceram, das horas e horas que passaram conversando, da brisa batendo no jovem corpo de ambos, dos risos e coisas que aprendera com aquele amigo tão querido.

Até que o fogo os consumiu...

Estarão sempre juntos, em cinzas, sobre o morno sol do verão.


Yan Troisi

20.10.05

encontro encantado





Poucos shows e poucas bandas tem a capacidade de passar emoções para o publico da mesma maneira que a banda paulista Pedra Branca. Sons, imagens, pensamentos,cores, ruídos tudo se funde no som do grupo criando uma experiência única para aqueles que tem a sorte e o prazer de desfrutar da avalanche de sons criadas com o intuito de transportar o espectador para os mais variados estados de espírito que se possa chegar, céu, inferno tudo é tão abstrato e mágico, que, fica impossível passar com palavras toda a psicodélica artística e muito bem executada dos músicos.
Sentados ao chão, como se estivessem meditando, os músicos parecem estar vulneráveis, mais assim que as pick-ups do musico João Criaco começam a transformar o silencio em poesia, e o abiu multi-instrumentista Luciano Sallun começa a dar forma a essa poesia com seus instrumentos arcaicos como o sitar (instrumento indiano), samissen (instrumento japonês) entre outros, o percussionista Aquiles Ghirelli completa o trio com a perfeição saída de sua tabla (percussão indiana), os músicos sem uma palavra vão tomando um a um a platéia, e transformando um momento em séculos, vão variando de instrumento para instrumento, a fim, de, criar uma experiência única em som, que mistura da psicodelia indiana, até o mais puro batuque Brasileiro, do eletrônico ao precário o grupo se arrisca a criar um som quase que inteiramente novo, e prova que se pode fazer muito com talento e criatividade.
Sábado dia 24 de setembro, o grupo fez uma apresentação do evento Trance in Neverland 2nd edition, em Santos, que tinha como atrações principais, alem do Pedra Branca, o dj Dimitri Nakov, Skulptor, entre outros, o chill-out super bem montado e decorado pela equipe de organização, servia como uma moldura para a banda, criando uma apresentação única que serviu para capturar a todos, foi um momento único, para a platéia que esperava o show assiduamente.
Para quem ainda não se contaminou pela magia do grupo, fica aqui o conselho, assista-os ao vivo, e comprove o quanto uma experiência pode se tornar gratificante, quando menos esperar, estará inerte ao som e ao ambiente, tornando aquilo um momento impar, um verdadeiro ´´Encontro Encantado``.

www.playtrance.com.br

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19.10.05

Entre cacos e dor!

Frio. Você acorda com frio, a neblina bate gelada em seu peito nu, e apesar disso você se sente confortável. Seus olhos abrem lentamente, e olhado em volta você vê uma grande noite, não sabe onde esta, e não se lembra como foi parar nesse lugar.

É feriado, seus pais sempre muito felizes. Mais a imagem esta sem foco, o som não existe, você não sabe o que eles estão fazendo. Sua casa sempre tão bonita e confortável parece tão distante. seu corpo treme.
As estrelas no céu, você poderia observa-las por toda a eternidade, mais você não quer...levanta-se lentamente e olhando a sua volta, se sente desconfortável por uma presença que não existe, seus pés tocam pedras negras e você da alguns passos até a grama. Vermelha. Lá você sente um prazer que jamais sentira antes, nunca avia percebido como é bom tocar os pés descalços na grama. Liberdade. Falsa, mais liberdade.

O carro esta pronto. Malas. Você insiste para ir na frente, e sua mãe deixa. Sua mãe...sempre tão bondosa, terna e calma, seu toque era quente, e seu canto era mais calmo que o som do mar.
O mar, à frente, imóvel como um espelho. Reflete sua imagem. Seus olhos avermelhados se fecham. Uma luz aponta para eles. E a chuva volta a bater. Mais não o molha. Um som potente perfura seus tímpanos, e sua família chora. Lagrimas de verdade. Nenhuns dos seus sentidos funcionaram na hora, foi tudo tão rápido... Sim era noite, aniversario da sua tia, porque ela tinha de morar tão longe.
Seus olhos se moviam, mas não seu corpo, pessoas. Passos. Lagrimas. Luzes. Barulhos. Chuva...
Parece que faz tanto tempo, onde estão seus pais? Você corre para encontra-los, mais nem sabe onde esta indo. Você cai.


Sim agora você se lembra!



Uma guinada no volante, seu corpo inerte voou pela janela, e o barulho do vidro se partindo, como mil garrafas sendo arremessadas. Tudo foi tão rápido, tudo foi tão rápido...

Mais a sensação não foi ruim, a calma o tomou aos poucos. Uma calma como a que você sentiu ao nascer. Nos braços de sua mãe. Você não se lembra, mais foi essa calma. Com o apoio dos braços você se levanta lentamente, e observando a sua volta, entre o mar e uma montanha, a um caminho. O único.
Lentamente você percebe que não a mais o que fazer, seus passos tem de seguir o caminho desconhecido. E lentamente você o segue. Com a certeza de que não á riscos, pelo menos não a sua vida.


Yan troisi

18.10.05

De frente pro espelho

Deitados ambos na cama, o lençol do motel vermelho, á mesma cor do coração que bate acelerado no peito dos dois...á mesma cor do sangue depositado dentro das veias de ambos. Um sangue contaminado pólo êxtase do amor, e pela amargura do ódio...que ainda virá.

Com os olhos azuis, ele olha para o espelho do teto, e vê a pele dela, branca, como a neve. Nua. Mais ele não pode ver por dentro dela, (o sangue dela) uma pena!
Pulmões negros, um coração apaixonado, um cérebro entorpecido. Um poema escrito para ela, na manha da descoberta!

Um poema de amor.

Ela não conseguia parar de pensar nos braços dele, segurando-a, fazendo-a sentir-se segura em um mundo explodindo em podridão e doenças (doenças).

Ele ainda se lembra quando se conheceram, no parque. Amigos em comum. Ela ainda se lembra do primeiro beijo, apaixonante, o sonho de se entregar a um amor mutuo seria realizado (se não fosse algo mais!) e eles poderiam desfrutar desse amor pelo resto de suas miseráveis vidas apaixonadas. Ele ainda se lembra quando descobriu, na casa dela, depois de um teste. Ela ainda se lembra do primeiro soco. Violento. O sonho de se entregar a um amor mutuo, pelo resto de suas curtas e odiosas vidas havia desmoronado.

Sexo. A chuva lá fora, bate na janela, os lábios de um tocavam o outro. Não importa o passado dela. As burradas. Nada iria atrapalhar esse momento, um momento mágico. Único. Decorado pelo quarto do motel, o amor nasceu em uma alma que, não mais acreditava nele...mais rápido assim como ele nasceu, ele ira morrer.

As lagrimas inconformadas correm pelo rosto dele, nada mais pode ser feito, e um erro, ditou uma vida, e mais uma vez, um juiz imponente, cego como a justiça, bate o martelo do destino e varre uma alma repleta de sonhos, para um inferno.

Ela esta na cama. Olho roxo. Ele deixa escapar de sua mãe um papel. O roteiro para os próximos anos de vida. Ela esta na cama com lençóis azuis. Lagrimas e sangue. Ele sai pela porta, e por essa porta ele nunca mais retornará. Ela nada pode fazer, só se abraçar á dor, e tentar vencer alem do amor perdido, a dor de saber que mudou o futuro da pessoa que mais amava. E ele com as palavras escritas no papel que escapara de sua mão mais cedo, ainda na cabeça, vaga pela rua, sem destino. Esperando, a AIDS o tomar.


Yan Troisi